Antonio Bruno, de Piaggine na Itália, era militar e participou, pelo seu país, da Primeira Guerra Mundial, mas durante os confrontos ele foi ferido e sua internação no hospital só teve fim quando a guerra também havia terminado.
Antonio se recuperou de seu ferimento e foi morar nos Estados Unidos procurando melhorias, mas ficou apenas dois anos e decidiu voltar à Itália.
Após seu retorno, Antonio conheceu Stela Macelaro, se casaram e tiveram uma filha chamada Grazia Bruno.
Quando Grazia completava dois anos, em 1923, a família resolveu subir a bordo de um navio de imigrantes que partia para o Brasil. O porto de Santos/SP foi o local de desembarque e ali pegaram um trem para Miranda/MS.
Miranda prometia boas condições de vida, pois tinha diversos ramos de atividade ao qual Antonio poderia se encaixar e, além disso, há o rio que era navegável.
Alguns meses depois de se instalaram, Stela que já estava grávida quando partiram da Itália, teve outro filho, desta vez nasceu Pascoal, o primeiro homem de outros quatro que nasceram em seguida. Amadeu, Alberto, Mário e Romeu, todos de sobrenome Bruno.
Antonio abriu uma loja de fabricação de calçados e contava com a ajuda de sua esposa quando havia muito serviço. O estabelecimento lhes proporcionou uma boa condição de vida por um tempo e depois Antonio também se tornou proprietário do CineMarabá, único cinema da cidade. Mário Bruno, um dos filhos, era responsável pela manutenção e operação do maquinário que era importado dos Estados Unidos e que até hoje está em posse da família.
A religiosidade lhes aproximava muito da população. Os padres da Congregação Redentorista que chegavam a Miranda eram acolhidos pela família e sempre que houvesse uma ação beneficente, Antonio e Stela estariam envolvidos.
Mário Bruno sempre ajudou os pais em tudo e no ano de 1964 se casou com Helena Farias de Lima e tiveram dois filhos, Estela e Janine de Lima Bruno.
Essa é a história que transformou a família Bruno em uma das famílias tradicionais da cidade de Miranda.
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